Dia 17/05/2021 entrevistei a equipe do Projeto Acervo que além das perguntas abaixo tivemos uma conversa descontraída falando sobre RPG, Literatura.
O projeto que teve início em 2020 que traduz para a língua portuguesa os conteúdos de RPG, além da tradução, explicam sobre os conteúdos traduzidos e ajudam nas divulgações de projetos e sites voltado ao conteúdo de RPG.
Gostaria de agradecer a Nicole, Keller, Guilherme e toda a equipe que participaram da entrevista que cederam seu tempo para essa entrevista.
Confiram a entrevista abaixo!
Como surgiu a ideia do Projeto Acervo?
Surgiu da falta de um material compilado que pudesse reunir as informações sobre os variados assuntos que formam o World of Darkness que, desde 1991, tem preenchido nossas mesas de RPG Brasil afora. Além disso, temos excelentes suplementos e edições que nunca foram lançados oficialmente no Brasil, de modo que a Nicole Closs, a quem nós carinhosamente chamamos de “A Chefa”, identificou a necessidade, reuniu o grupo de colaboradores e se predispôs a coordenar as atividades.
Atualmente quantas pessoas envolvidas?
Somos 28 colaboradores reunidos sob a coordenação de Nicole Closs. Temos ilustradores, tradutores, escritores, diagramadores e revisores. Está interessado (a)? Junte-se a nós.
Conte um pouco sobre o Livro que será lançado em junho.
No primeiro livro o assunto escolhido foi: “ARQUÉTIPOS”. Mas por qual motivo? Fácil. O Arquétipo é o principal traço de personalidade que será essencial e indispensável para a composição da sua personagem, pois será usado na definição da Natureza e do Comportamento dela. O Arquétipo será a espinha dorsal da construção e individualização das suas personagens, pois poderá orientar noções, ações, reações, combinações e mecanicamente a distribuição dos pontos de personagem em Atributos e Habilidades, inclusive orientando quais dentre os 13 Clãs poderia se interessar pela sua “história de vida”. Em mais de 300 páginas foram trazidos mais de 80 Arquétipos extraídos das mais diversas obras lançadas até agora, da primeira à “quarta” edição (comemorativa de 20 anos), Dark Ages, Victorian Ages e suplementos (Guias do Jogador).
Falando um pouco sobre RPG, o que significa o RPG na vida de vocês?
Da maneira como eu vejo as coisas, o RPG é um pouco mais do que um passatempo, um hobby. É uma ferramenta de comunicação e relação interpessoal. São 26 anos de caminhada até aqui e com algumas horas de leitura, criação, interpretação, treta e muita, muita, muita paciência e aprendizado. E até conhecer de fato o Projeto Acervo eu tinha a vontade de contribuir com esse universo, sem saber exatamente por onde começar. – Keller Borges
RPG é aprendizado e diversão, desde a maneira lúdica que ensino meus filhos a ler, a inteligência emocional e autoconsciência. Pra mim é mais que uma diversão de final de semana, é uma ferramenta de mudança social e fomentação da cultura.
Seja ele de forma filantrópica como Projeto Acervo ou forma de ganhar a vida como pra alguns membros da comunidade, ele traz inúmeros benefícios e vejo isso no meu dia a dia na minha forma de pensar e levar a vida, dai minha vontade de levar isso a todos que conseguir. – Nicole Closs
Cite um Jogo que marcou a vida de vocês.
Certamente o sistema Storyteller / Storytelling é o meu sistema de cabeceira. A mitologia dos vampiros sempre me atraiu (com medalha de prata para o universo dos Garou). Fora desses cenários, tenho uma afeição muito grande por “Shadowrun”, “Battletech” e a raça fantástica dos Elfos, onde quer que habitem. Destaco também a excelência do nacional “Era do Caos” e dos vindouros “Codex of Reality” e “O Legado”. – Keller Borges
Principalmente Vampiro – a Mascara, meu pezinho na escuridão o adorou assim que conheceu. Sempre gostei de historia de vampiros, trevas e escuridão e principalmente filosofia e antropologia, que o jogo põe em xeque muitas vezes com o conflito da eternidade vs.
humanidade. – Nicole Closs
Para finalizar, um recado para os leitores do Site.
Entenda que o RPG é uma ferramenta social e que certamente pode te ajudar a desenvolver muitas habilidades de criação e comunicação. E o que acredito ser o mais importante: não existe maneira certa ou errada de jogar o Jogo de Interpretação de Papéis, pois temos sistemas de toda sorte, com todos os tipos de cenários, do cômico pastelão (Toon), passando pelo humor distópico (Paranoia) até o horror cósmico (o lovecraftiano Chamado do Cthulhu). Magia, tecnologia, fantasia, viagens espaciais, batalhas campais, investigações, tudo junto e misturado, numa sessão de pura diversão.
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