Salve Aventureiros, nossa entrevista de hoje será sobre o escritor Alexandre Lince que divulgou na Bienal do Livro de SP sua mais recente obra, lendas de Paranapiacaba, confiram a entrevista completa.
1- Alexandre conte um pouco sobre você.
Sou Educador físico por formação e Ilustrador por vocação. Nasci em São Caetano do Sul em 1983, um típico taurino. Cresci desenhando e rabiscando onde parava, algo que sempre tive muita paixão por fazer… criar, desenhar e fantasiar.
Hoje, me dedico nas criações e desenvolvimentos de livros e histórias em quadrinhos autorais, nas quais criei inúmeros personagens e batalhei muito para chegar até onde estou hoje. Aos 14 anos, uma das minhas primeiras criações, Hector e alguns meses depois, o Suchi, Skipp, Betta, Mika, Ana e muitos outros personagens, sucessivamente, contando com mais de 84 somente nas histórias de Blizys.
2- Alexandre, conte sobre suas obras mais recentes.
A publicação mais recente foram os lançamentos dos livros “Lendas de Paranapiacaba”. Na verdade, essa vontade nasceu quando eu ainda trabalhava como designer e ilustrador para a Universidade Casa de Bruxa em 2006, na época eu tomei conhecimento de algumas lendas e, cheguei a desenhar duas no mesmo período, mas parou por aí e não teve continuidade.
Posso dizer que a ideia simplesmente nasceu em mim, eu não escrevi o roteiro, eu fui simplesmente desenhando o storyboard da história e ela ia se contando como uma inspiração para mim. Muitas vezes eu ia dormir já sem mais ideias, e quando acordava eu tinha sonhado com uma sequência e dava continuidade.
Alexandre Lince
Mas o diferencial das lendas que eu escrevi, confesso que tudo se tornou novo, eu peguei as lendas existente, vi que muitas nem tinham tanta profundidade, eram simples, algumas contadas em menos de 30 segundos, então quis pegar treze delas e fazer um compilado, unificando todas as histórias em uma única, como se cada uma dependesse de um todo para acontecer, nada ali estava perdido, uma bola de neve que foi desenrolando ao longo do tempo, até os dias atuais.
E para isso ainda criei uma nova história que desse sentido as que todas as da vila e assim aconteceu.
Esse projeto eu planejo fazer em três exemplares, a parte um ‘Origens” parte dois, ‘Consequências’ e a parte final, ‘Relatos’.
3- Sua Obra aborda sobre as lendas de Paranapiacaba, pretende abordar sobre as lendas de outros Estados?
No momento não faz parte do projeto
4- Qual lenda é a sua preferida? Aquela que sempre dá aquele arrepio na espinha e na Alma.
A primeira lenda que tive contato foi o “Pau-da-Missa”, uma das que eu tive mais carinho em criar e desenvolver, esta lenda eu dei o nome de “Árvore das Almas” pois conta a lenda que, quando você bate na árvore três vezes em noite de lua cheia e chama alguém que já desencarnou, ela aparece para você.
Nesta lenda eu fiz com que um dos meus personagens, o ‘Céllanus’ que é um ‘Néofilin’ (Um mestiço, meio humano, meio demônio), que tem o poder de abrir portais, em um sacrifício, deu a sua vida para proteger Paranapiacaba, transferindo seu poder para a árvore, fazendo que ela se torna-se um portal entre o mundo dos vivos e dos mortos.
E também me encantei muito com o relógio da torre ser diferente, ao invés dele ter o número quatro em romano “IV” ele é “IIII” pois os ingleses faziam seus relógios assim para manter a simetria, e colocar esses detalhes na história é que fez toda diferença.
5- Vamos para um teste de RPG.
Sua equipe chega a Paranapiacaba e tenta achar um lugar para comprar suprimentos e itens mágicos, mas ninguém possui dinheiro. Você pediria ao bardo aquele “jeitinho” de conseguir de graça ou apelaria para o Ladino pegar uma carteira solidária?
Desculpe, eu não jogo RPG. Mas no caso eu pediria para dar um “jeitinho”.
Para finalizar, dê um recado para os nossos leitores.
Para quem conhece Paranapiacaba não preciso nem mencionar, sabem que é fantástico, para quem não conhece ou nunca ouvir falar, vá, conheça, explore, vivencie uma experiência, faça uma trilha e guarde com você uma lembrança única.
E quem quiser conhecer mais do meu trabalho pode me seguir no Instagram.
Essa foi a entrevista com Alexandre Lince, segue abaixo o link do Instagram para acompanhar esse belo Trabalho.
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