“Mas Nick, duas semanas seguidas falando de gigantes?”
É, duas semanas seguidas falando de gigantes, e se reclamar, eu falo de novo semana que vem.
A maior parte das pessoas sabe que os gigantes se hierarquizam do menor para o maior. Todo gigante de fogo é inferior a todo gigante de gelo, simplesmente pelos gigantes de gelo serem maiores. Essa superioridade não reflete em suas ameaças aos jogadores, considerando que gigantes de fogo são ND 9 e gigantes de gelo são ND 8.
Mas e dentro de gigantes da mesma espécie? Como se decide quem é o mais poderoso?
Isso depende da raça do gigante.
Os primeiros gigantes são filhos de Annam Pai-de-todos e Othea (que também é mãe dos firbolgs, mas não junto de Annam). Eles eram dez no início, mas apenas seis realmente são importantes, porque os outros morreram sem deixar gigantes de sua espécie ou deixaram, mas se corromperam para serem não-gigantes (estou olhando para vocês, ettins). Dos seis filhos importantes, cada um tem a sua própria raça de gigantes, sendo que os irmãos mais velhos tiveram filhos maiores.
Antes de Annam abandonar seus filhos (por conta de um evento que um dia eu ainda vou falar sobre, só não vai ser semana que vem porque três semanas seguidas fica chato já), foi estabelecido o Ordenamento. Os gigantes da tempestade seriam os reis, acima dos gigantes das nuvens, acima dos gigantes de gelo, acima dos gigantes de pedra, acima dos gigantes do fogo que estão acima dos gigantes da colina.
Dentre os gigantes das tempestades, eles decidem quem é o mais poderoso deles tendo presságios. A maior parte dessa espécie vive em isolamento, as vezes nas montanhas mais altas, as vezes nos mares mais profundos, concentrados em ter seus presságios. E é dessa maneira que eles sabem qual deles é superior. Tendo presságios que mostram isso a eles.
Já os gigantes da nuvens são muito mais sociáveis. Há algumas centenas de anos, eles usavam suas cidades voadoras nas nuvens para ir de um lugar para o outro juntos, apesar de não executarem mais tanto essa prática nos dias de hoje. Para eles, o que importa é a riqueza, e aqueles com mais riqueza são os superiores.
Os gigantes de gelo são belicosos por natureza. Eles são o exército dos gigantes. A maior parte tem pouquíssimas posses, diferente de seus irmãos maiores, pois isso não importa para eles. O que importa é a batalha e a guerra. Eles sabem quem é o mais poderoso entre eles por quem tem mais cicatrizes de batalha, músculos mais rasgados e mais troféus de inimigos (normalmente pedaços de inimigos mortos).
Gigantes de pedra vivem no subterrâneo sem nunca nem ver a luz do sol. Chamam de “o mundo dos sonhos” o que aventureiros simplesmente chamam de “aqui em cima”. Nas profundezas de suas cavernas, esses gigantes vivem para criar arte e armas, moldando e construindo. Os superiores são aqueles que tem mais aptidão com as artes. A maior parte deles está disposta a ensinar seus conhecimentos de artífice para aventureiros, apesar de não serem conhecidos por serem bons professores.
Logo abaixo, os gigantes de fogo podem não ser bélicos como os gigantes de gelo, mas são bem mais fortes. A maior parte deles vive uma vida consideravelmente irritante para os padrões dos outros gigantes. Vivendo em vulcões, eles sentem a vontade de moldar, forjar e construir, além de se militarizar com a arte da guerra. Mas a guerra é algo dos gigantes do gelo e a forja é algo dos gigantes de pedra. Dessa maneira, os gigantes de fogo se mantêm conquistando feudos, dominando seres inferiores e treinando técnicas de luta. Os melhores lutadores são considerados superiores.
E por último, os gigantes da colina. Eles são extremamente burros e só ligam para si mesmos. Têm um senso de humor perverso e comumente fazem jogos onde o objetivo é causar dor a seres inferiores. Sendo os menores, mais fracos e menos inteligentes dos gigantes, consideram aqueles superiores os mais gordos. Sim, por mais que pareça estranho, para eles, comer denota superioridade. Carnívoros por natureza, ser gordo quer dizer ter matado muitos seres vivos, o que explica essa ser a condição deles no Ordenamento.
Gigantes já foram os reis de todo o mundo, mas seus dias de poder acabaram com um encerramento extremante infeliz e o abandono de seu deus-pai criador. Mas isso é assunto para outra quinta-feira.