Será que poderíamos chamar essa arte de cartografia rpgística? Vamos ver se o nome vinga. Hoje vou dividir com vocês alguns dos meus mapas e quais programas eu uso para desenvolvê-los.
Inicialmente fazia todos eles a mão, com papel milimetrado e ainda colocava em um estilo 2D bem legal, tipo aqueles mapas dos MMOSRPGS de Dofus e Wakfu, onde tirava bastante inspiração. Com o tempo aprendi a usar o Gimp, mas qualquer coisa que que resolvia fazer por lá demorava uma eternidade e acabava usando o material em conjunto com mapas de download gratuitos, como os de Madcowchef.
Graças as inúmeras pesquisas acabei esbarrando em alguns programas voltados para a área. Abaixo separei três dos que mais uso, a fim de dar um parâmetro melhor de usabilidade.
Uso esse programa para gerar mapas de cidades grandes ou vilarejos de maneira rápida (como os exemplos acima que fiz como demonstração, sem nenhuma alteração). O Watabou tem uma boa gama de ferramentas: tamanho do mapa, estilo de cores, possibilidades de legendas, controle de pins, etc. Você ainda pode optar por muros, rios, costas, templos, castelos, praças e até mesmo locais de plantação. Seu visual é simples e prático tendendo a agradar gregos e troianos. O que pode ser considerado uma barreira inicial é o idioma, pois está disponível apenas em inglês, contudo, em um dia de uso a barreira se desfaz devido a sua forma intuitiva de criação.
Querido por alguns e odiado por outros, o Inkarnate é uma ferramenta poderosa, ainda mais em sua versão paga ($25 por ano). Mas não se assuste, ele possui algumas ferramentas para uso gratuito, mesmo que um tanto limitadas, dá para produzir uns trabalhos legais. A pouco tempo foi lançado o Battle Maps (ainda na versão beta) que está com visual super agradável. Se você é usuário do Roll20, sentirá falta das grades prontas com 70 pixels, mas nada como a prática para realizar um trabalho agradável.
Embora seja em inglês, o programa é todo guiado por ícones, não precisa nem saber ler para usá-lo, tanto que nunca havia reparado no idioma e tive que conferir para escrever essa matéria. No Inkarnate podemos fazer mapas regionais, mundiais e de interiores, tudo isso com um bom traço e bastante cores. Experimente!
Assim como o Inkarnate, o Pyromancer’s possui uma versão gratuita, onde você pode elaborar o mapa na própria página de internet e uma versão paga, onde você compra o aplicativo na Steam. Ambas possuem uma infinidade de ferramentas, a diferença se encontra na quantidade de objetos e paletas, nada gritante, ainda sim é notável. Nas minhas mesas transmitidas eu uso mapas montados com esse programa, depois adiciono as linhas da iluminação dinâmica e os tokens no Roll20.
Em minha humilde opinião, o ponto forte do Pyromancer’s está nas opções de exportação, onde você pode escolher, inclusive, a quantidade de pixels de cada quadrado, deixando tudo mais fácil.
Esses são os três programas que uso com mais frequência, mas é claro que nem tudo se resume a tecnologia. Se você prefere usar o bom e velho papel é só continuar lendo a matéria!
Existem inúmeras técnicas que envolvem a arte da cartografia, não sou nenhum especialista da área, que fique bem claro! Mas sou curioso e gosto de desenhar (quando acordo de bem com a vida), fora que os mapas e desenhos das minhas obras são feitos a mão e meu maior orgulho foi o mapa produzido para o segundo volume da série de Eamam, vocês podem conferir a arte no meu Instagram. Tive que pesquisar sobre desenhos de mapas para fazer uma arte legal e creio que consegui.
Abaixo colocarei alguns vídeos que me ajudaram bastante, desde mapas improvisados aos mais detalhados. Então vamos lá!
Esse estilo se resume em praticidade e rapidez, sempre bom saber sobre esses truques para que não seja pego de calça arriada em uma mesa de jogo ou na continuação dela. A ideia das bolinhas de papel é tão aleatória quanto a rolagem de dados, deixando que o “destino” cumpra o seu papel.
Essa série possui quatro vídeos excelentes que fará você dar forma e vida ao seu mapa. Montanhas, florestas, rios, etc. Aqui você aprende o caminho completo para a cartografia rpgística (olha eu de novo), foi com esses vídeos que consegui produzir um bom mapa.
Esse vídeo simples dará luz aqueles que desejam produzir mapas isométricos. Quando jogo em uma mesa presencial, sempre uso os meus. O efeito é sempre gratificante, tanto para narradores quanto para jogadores. Fora que é divertidíssimo de fazer! Peguei as bases, como falei no início da matéria, jogando Dofus e Wakfu. Ppara auxiliar nas infinitas linhas necessárias para essa arte, aconselho um investimento em papel milimetrado, de preferência em tamanho A3, encontrado em qualquer papelaria.
Para a finalização, uma caneta nanquim 0.5 é mais que o suficiente. Se tiver muitos espaços para serem preenchidos use hidrocor ou aqueles frascos de tinta nanquim para usar com um pincel. O primeiro é bem mais em conta.
Por hoje é só! Espero ter ajudado, se quiserem dar ideias para os próximos temas, fico à disposição.
Um forte abraço e até a próxima.
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