Salve Aventureiros, hoje trago uma matéria especial sobre o Autor Douglas Robberts, contando um pouco sobre sua nova Obra “O Reino”.
Confiram um pouco sobre o trabalho de Douglas Robberts.
Douglas, conte um pouco sobre sua trajetória.
Sou Douglas. Um rapaz comum, que recebeu a missão de trazer vida a um Reino de fantasia.
Como muitos, ao longo da vida, fui tomado pela insegurança, sentimento de incapacidade, pela vontade de desistir, mas, hoje, agradeço por não ter dado ouvido às vozes que me sugeriam isso. Um passo de cada vez, foi o que me fez chegar onde estou. E sei que é assim que vou conseguir chegar onde desejo.
Nasci e cresci no Rio de Janeiro. Mais propriamente dizendo, na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias. Terra de Ludmila, Bruna Marquezine e Pocah, mas… até o momento, ainda não conheço nenhum escritor famoso que tenha vindo daqui. Será que vou ser o primeiro? (risos)
Creio que a coisa mais extraordinária que vivi até hoje (e que prende a atenção das pessoas quando conto) é o fato de eu já ter estudado em um internato, acredita? Sim! Já vivi como nas histórias dos livros, longe dos olhares dos pais, correndo riscos de ser pego por inspetores, compartilhando dias e noites de aventuras com os amigos (e inimigos) … tenho muita história para contar sobre esse tempo. Daria um novo livro.
Mas, com certeza, as experiências (boas e ruins) que vivi ali, me direcionaram para a construção de meus personagens, que são parte de mim mesmo.
Fato é que eu sempre encontrei na escrita minha melhor forma de expressão. Desde pequeno, eu adorava brincar de escrever. Era algo divertido, mágico e terapêutico, mesmo que eu nem soubesse o significado disso.
Quando eu ainda era adolescente, minha irmã mais velha estava escrevendo uma história sobre um rei e seu irmão, onde os dois duelavam pelo Reino. Era um conto, com ações rápidas e sem muita profundidade.
Ela mostrava para as pessoas (críticas) e recebia muitos elogios, porém, sempre acompanhados de sugestões: “Sinto falta de ação”, “Queria conseguir imaginar a cena”, “O que seu personagem estava sentindo naquele momento?”. As pessoas queriam mais.
Eu, como leitor ávido de Harry Potter, escritor compulsivo, comecei a ler o arquivo original e a acrescentar detalhes, sons, cheiros, emoções, pensamentos… A gente viu que as personagens estavam ganhando mais vida.
Mas, demorou pra construir todo um Reino. A história ganhou muitas versões. Ficou de molho por algum tempo, para amadurecer. Porém, jamais esquecida. Minha irmã também não me deixava esquecer. Estava o tempo todo me dizendo que eu deveria terminar.
Entre mudanças para Minas Gerais, Santa Catarina e meu retorno ao Rio de Janeiro, a vida adulta me chamou e eu sentia que minha criança interior estava cada vez mais calada. Eu sentia falta da conexão que meu mundo de imaginação e criatividade fazia comigo mesmo.
Em meio a empregos e desempregos, graduações e pós-graduações, términos, novos começos e (muitos) recomeços, eu voltei a sentir o Reino pedindo (ou melhor, gritando) para nascer.
Conseguia imaginar minhas personagens sentadas sobre a grama alta, me esperando. Era como se dissessem: “E aí? Qual vai ser? A gente depende de você pra ter vida, pra continuar nossa história. Leve o tempo que precisar, mas, saiba que estamos esperando por você.”.
Foi aí que, em 2017, abandonei um emprego estável, para concluir a escrita daquele livro. Terminei um namoro, abri mão de todas as redes sociais e passava os dias (e as noites) quase inteiros a escrever. Enquanto escrevia, me emocionava, tinha insights sobre a trama. Coisas que nem eu conseguia acreditar que haviam nascido de mim. Era algo mágico!
Além disso, a história havia ganho proporções muito maiores do que aqueles dois irmãos. Ela havia se tornado uma história sobre um Reino. Uma novela! E eu amo pensar assim.
Porque, hoje, com o livro publicado, em mãos (com capa cintilante e tudo – risos), vejo que acertei no ponto e que O Reino se tornou algo muito além do que eu poderia ter sonhado.
Ao longo de minha trajetória, senti que cada experiência me fazia crescer, amadurecer, serviu como base para me tornar também um escritor melhor, capaz de desenvolver uma história mais consistente, mais humana, apesar de se passar em um mundo de fantasia.
Foi durante o período mais terrível de Pandemia, onde muitos puderam fazer quarentena, que eu decidi que estava na hora de finalizar. Eu não sabia quais consequências o vírus teria sobre mim, então, pensei: “Pode ser minha última chance. Eu preciso terminar, preciso publicar. Se eu morrer nessa pandemia, quero ter realizado esse sonho.”. E realizei.
Se eu fiz, acredito que qualquer um possa. É por isso que um de meus grandes sonhos é poder capacitar outras pessoas. Ajudá-las a escrever, a trazer à luz seus sonhos e mundos imaginários. Já realizei alguns cursos de criatividade (on-line), um Seminário de desbloqueio criativo, com a presença de outros profissionais para auxiliar aspirantes a escritores (como um dia eu fui).
Mas, espero pelo dia em que isso não será algo esporádico. Espero pelo dia em que eu possa respirar criatividade, sendo uma referência nessa área.
Enquanto isso não acontece, eu vou escrevendo mais, divulgando minhas obras nas redes sociais e conhecendo novos leitores e amigos, que têm propagado meu Reino pelos quatro cantos da Terra, por acreditarem que mais e mais pessoas Precisam conhecê-lo.
Sobre seu livro, conte um pouco sobre “O Reino”:
Nunca quis que “O Reino” fosse uma história sobre guerras ou campos de batalha. Meu desejo sempre foi contar uma história sobre pessoas reais vivendo num mundo de fantasia, onde fosse possível respirar uma atmosfera de magia.
“O Reino” conta com vários núcleos de personagens, com seus sonhos e desafios. Mas, traz como trama central a relação entre Nikolas e Viktor: irmãos adotivos que lutam pelo trono do pai desaparecido, assim como a luta contra o sujo e terrível Arawn, acompanhado por seu comparsa, Lars, conhecido por todos como “o duende louco”.
Enquanto lê sobre um rei adolescente órfão e seu irmão adotivo, mais velho, você se encanta com o criado e sua história de vida no Castelo (um internato para preparar novos soldados), a serviço do rei e de sua família.
Você também se apaixona por um soldado albino, novato e estrangeiro, e sua dupla de melhores amigos arqueiros, atrapalhados e divertidos. Você é convidado a ir além do próprio Reino, atravessando por portais encantados, onde conhece um grupo de sereias implicantes, álfares caçadores, fadas mordedoras, ninfas encantadoras, cavalos alados, uma manada de centauros… Ufa!
É um mundo inteiro escondido entre páginas de aventuras, romance e mistérios, que só serão revelados mediante o caos que está por vir, na luta pelo amor, pela verdade e pela amizade sincera.
Douglas Robberts
Cada capítulo começa em um lugar do Reino, com personagens novos, mas que vão se encontrando e dando liga, fazendo o leitor prosseguir naturalmente, não somente pelas páginas, mas pelas trilhas, portais e vilarejos do Reino. A gente é capaz de se sentir lá dentro, como um convidado a viver a história.
Por ser um livro introdutório, “O Reino” é apenas o começo de muitas aventuras que estão prontas para acontecer.
Douglas, cite um ponto forte e um personagem favorito:
Humm… Modéstia à parte, eu diria que há muitos pontos fortes na história de “O Reino” e confesso que tive um pouco de dificuldade para escolher um único personagem favorito (risos).
Mas, respondendo às perguntas: o ponto mais alto não poderia ser outro senão o plot-twist que acontece quase ao fim da história. Nesse ponto de virada, vemos todo o mistério por trás da trama se descortinando. É daqueles capítulos em que a gente fica boquiaberto, sabe? Não que haja um segredo, na tentativa de prender o leitor até o fim, mas, quem lê, percebe que as respostas pelas quais procurava estavam expostas o tempo todo ao longo da história. Apesar de não serem respostas óbvias, mas, diferentes do que o leitor esperava.
Quanto ao meu personagem preferido… creio que seja o Viktor: irmão adotivo de Nikolas (o rei adolescente).
Quem sabe, por Viktor não ser “perfeitinho”, por ser aquele tipo de jovem inconsequente: o oposto de mim mesmo. Não sei como os leitores irão interpretar minha resposta, mas… talvez, eu quisesse ter coragem (ou loucura), para ser um pouco mais parecido com Viktor. Quando ele coloca um objetivo em mente, não para, não mede esforços, vai até o fim, até chegar onde deseja. De certa forma, Viktor movimenta bastante a história, e eu amo muito isso.
Douglas, quais são suas maiores inspirações literárias?
Sempre gostei muito de J. K. Rowling, pela forma como conta suas histórias, cheias de detalhes necessários, muito além da criatividade que seu mundo mágico traz ao leitor.
Também gosto muito de C. S. Lewis, pela forma como ele contava histórias para crianças, e por usar a fantasia para passar uma mensagem filosófica maior que a compreensão infantil. Sei que, de alguma forma, Lewis inspirou Rowling, então, sinto como se houvesse um elo entre a forma como ele a influenciou, para que ela, como escritora, pudesse ser uma influência para mim.
Inclusive, já sonhei que estava num internato onde minha professora de escrita criativa era ninguém menos que a própria J. K. Rowling. No sonho, escrevíamos nossas histórias para que ela lesse e avaliasse. No fim, foi como se ela me “abençoasse” para escrever minha própria história.
Foi um sonho mágico, mas, foi péssimo para meu rendimento, pois passei a me cobrar muito mais, a ponto de perder minha própria identidade de escritor, pois pensava que teria que fazer algo que a agradasse, parecido com o que ela entregou em suas histórias.
Felizmente, passei por um processo de desbloqueio, graças a outras três inspirações literárias: Stephen Covey (autor de “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”), Ryder Carroll (autor de “O método Bullet Journal”) e Julia Cameron (autora de “O caminho do artista”). Foram esses três métodos de vida criativa que me fizeram desbloquear e reencontrar minha voz, a ponto de sentir fluir de mim a vida que hoje há em meu Reino.
Anualmente, são lançadas várias obras baseadas em Mundos de Fantasia, qual diferencial um autor deve ter quando aborda esse tema?
Ser ele mesmo. Não existe diferencial maior do que não tentar ser uma cópia de alguém que já existe. Existem diversos mundos de fantasia sendo lançados, sim, mas só você pode escrever do seu jeito, com base em suas próprias experiências e perspectivas. Então, ouça sua própria voz, encontre o mundo mágico que existe aí dentro de você. Acredite que esse vai ser seu grande diferencial em meio a tantas histórias de fantasia.
Vamos para a pergunta clássica de RPG.
“Um Bardo, um Elfo e um Ladino estão totalmente bêbados na frente da Taverna, qual deles está fingindo, para pegar o ouro?”
Creio que o bardo, observador como é, deve ter percebido que o ladino estava bebendo com o elfo, na tentativa de roubá-lo. Enquanto os outros dois se embebedavam, o bardo fingiu beber, para ficar com o ouro.
Douglas, qual o recado para os leitores do Blog?
Apoie autores nacionais. Não dê ouvidos ao preconceito contra o que é nosso. Autores nacionais escrevem histórias incríveis, sim. Mas, precisamos de quem leia, de quem acredite, de quem divulgue, para que mais histórias possam vir à existência.
Não pirateie obras literárias, pois está cada vez mais difícil (especialmente para autores independentes) se manterem no mercado literário nacional. A gente precisa muito de vocês, leitores.
Além disso, acredite em seu próprio potencial. Se você não consegue acreditar em si mesmo, ande com quem acredita. Algum dia, essas pessoas vão te convencer de quem você realmente é.
Para conhecer mais o trabalho do Douglas Robberts, acessem o link abaixo:
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