Confiram com exclusividade a entrevista.
Primeiramente queria agradecer por tirar um pouco do seu tempo e nos falar sobre o seu novo lançamento. Poderia falar um pouco sobre você?
Meu nome é João Patrício, nascido em Esperança, Paraíba, e atualmente residindo em Extremoz, na região metropolitana de Natal, Rio Grande do Norte, sou formado em jornalismo pela UFRN. ‘Erupções Constantes, Exorcismos Brilhantes’ é o meu primeiro livro de poesia, mas já possuo dois livros publicados além desse, porém de temas diferentes.
Por favor, nos fale sobre seu lançamento Erupções Constantes e Exorcismos brilhantes?
O prazer é meu, vou adorar participar!
Esse é meu primeiro livro de poemas. Eu sempre descrevo como um registro dos movimentos que os sentimentos causam dentro de mim. Sentimentos reais, fictícios, imaginários ou verdadeiros. Os poemas são regados de significações temáticas associadas a vulcões, exorcismos emocionais, fogo, devastação, natureza e tempo para expressar o que os sentimentos não falam por si, para desafogar. É um misto de encantamento pela vida e frustração, de destruição e renascimento, de confissões e constatações honestas. Por fim, é um relato dos movimentos físicos que os sentimentos provocam em uma pessoa que sente muito, vindos de uma criança que ainda existe dentro, mesmo que soterrada pela realidade.
Os poemas foram escritos em diferentes momentos, em um intervalo de 5 anos, com canções que viraram poesias e textos que foram escritos sem intenção de se tornarem poemas, mas nasceram assim.
De todos os poemas, qual teve maior significado para você?
Olhos de estrelas, por ser uma condensação bem realista da minha resiliência e em que tudo se resume: na simplicidade.
Todos os poemas trazem uma emoção forte, e honestamente achei incrível a sensação trazida do poema “Fracasso”, poderia falar um pouco sobre ele?
Fico muito feliz que você tenha notado a sensação desse poema! Confesso que eu não acreditei muito nele quando escrevi, então o nome “Fracasso” caiu bem haha
Esse poema evoca uma angústia, aquele peso na garganta de quando você sabe que precisa se abrir, mas isso pode afetar outra pessoa e talvez nem resolva seu problema. O fracasso se dá nisso: mesmo jogando o dardo da palavra, não se atinge o objetivo, apenas o chão, a falha. Isso leva à solidão, ao medo e, ao mesmo tempo, à constatação de que na verdade se está querendo fugir de si mesmo.
Apesar dos poemas trazerem um misto de sentimentos e você ter usado e esbanjando de representações para isso, qual foi a sua inspiração para o escrever?
Como sempre fui alguém que sente muito (não apenas na imaginação, mas também no corpo), sempre gostei de escrever para “exorcizar” esses sentimentos densos, para curar. Acabei reunindo vários poemas e canções que surgiram disso. A escrita é inspirada em impactos causados tanto por ações de pessoas quanto por meus próprios pensamentos que emergem de uma criança suprimida, uma criança que é o magma de um vulcão adormecido. Daí a temática central surgiu disso.
Esse não é o seu primeiro livro publicado, sendo o terceiro. Tem alguma ligação entre Rosenilda não domesticada, O estranho circo do Sr. Normal com sua mais nova obra Erupções Constantes e Exorcismos brilhantes?
Não consigo identificar ligação entre os três livros e isso me deixa um pouco confuso. São três obras bem diferentes entre si: um é um romance de ficção um pouco fora do padrão, outro é um livro reportagem ou novela de não ficção e o terceiro é um livro de poesia. Os temas abordados são bem diferentes entre si também. Isso me deixa orgulhoso também, pois significa que estou explorando diferentes gêneros. Se for para identificar ligações, posso dizer que O Estranho Circo do Sr. Normal se assemelha a Erupções Constantes, Exorcismos Brilhantes quando aborda sentimentos fortes.
Os poemas falam bastante sobre dor. E o poema “Iminência” fala sobre o tempo para o esquecimento de vários tipos de acontecimentos durante a vida, escrever este livro, te ajudou a superar questões pessoais?
Sim! Fala muito sobre dor, feridas…
Esse poema também tem um significado especial para mim, escrevi ele após receber uma notícia sobre a morte de alguém que eu nem conhecia, mas pela circunstância e pela surpresa acabou me levando a pensar muito sobre como tudo está constantemente prestes a acontecer. Então sim, escrever esse livro foi um processo de cura interna, mesmo que imperceptível. Colocar isso tudo para fora, transformar dor em beleza, fazer essa alquimia foi muito útil para que eu superasse perdas, dores e sentimentos cortantes no geral.
Em algum poema houve inspiração na vivência de outra pessoa, se não a sua? Por exemplo, algum amigo, familiar e etc.
Sim! Algumas vezes eu capturo a experiência de outra pessoa, como ocorre em “Muro”, e outras vezes outras pessoas me inspiram, como ocorre em “Morfeu”, “Assombro” e “Flores e Dores”.
Mais informações sobre o lançamento:
Data do final da pré-venda: 20 de agosto
(A pré-venda é importante para viabilizar a publicação)
Data do lançamento: 21 de setembro
Local: Pinacoteca Potiguar, Natal-RN
Após o lançamento, o livro vai ganhar versão e-book.
Editora: Editora Xará / RJ