Todo jogador de RPG sempre imaginou uma História desenhada ou publicada, mas quando encontramos um ilustrador e jogador de RPG ao mesmo tempo? Conhecemos o ilustrador Mike Zairos Pifano que é conhecido no RPG pelo seus trabalhos em Kalymba e Distopia desenvolvendo sua arte para o Brasil e o Mundo.
Confiram abaixo a entrevista exclusiva ao Blog da Taverna
Conte um pouco sobre você e seu trabalho!
Mike Zairos Pifano – Trabalho com ilustração desde 2016. sou designer gráfico de formação e eu trabalhava em agencia desde então.
Em 2019 comecei a trabalhar apenas com ilustração, trabalho com algumas editoras aqui do Brasil e trabalho com algumas empresas fora do Brasil. No Brasil trabalhei na Old Dragon, Kalymba, Sangue Glória e Sangue Trevas.
Estou trabalhando no Distopia RPG e outros jogos além de fazer arte para um Tarot da 78Tarot que faço parte da Master Galery.
Sairá em Outubro com os principais artistas.
Com tantos trabalhos ainda tem tempo para jogar algo?
Mike Zairos Pifano – Hoje em dia o tempo é pouco para jogar Video Game, bem raro, costumo fazer que faz distrair minha mente e extravasar minha criatividade é mestrar RPG pelo menos uma vez por semana.
Reúno com um turma de amigos para jogarmos e tenho um time variado, desde banqueiro até artista para montarmos mossa aventura
Qual o seu jogo preferido de RPG
Mike Zairos Pifano – Meu primeiro RPG foi o GURPS, tinha 14 anos e a turma que mestrava eram bem mais velhos de 22 á 30 anos e fui apresentado ao jogo, aí depois, só muito depois, uns anos depois, é que eu fui entrar no D&D 3.5, já peguei na reta finalzinha ali e depois eu conheci outros sistemas, o Storyteller, o Sistema Daemon, que hoje em dia muita gente não fala, mas eu gosto muito, Gosto de jogar um Arcanum, gosto de jogar um Trevas, acho bem legal.
Hoje em dia qual a maior dificuldade para quem é ilustrador no Brasil?
Mike Zairos Pifano – É um Mercado muito nichado no Brasil, antigamente havia mais oportunidades mas hoje em dia são campos específicos. Para melhor destaque o mercado Internacional dá mais oportunidades mas é bem disputado pela quantidade de Ilustradores.
A IA hoje em dia é meio que um obstáculo que tá ocorrendo pra todo mundo, tanto pra quem escreve quanto pra quem desenha.
Mas você acha que ela chega a ser limitada mesmo?
Ou talvez ela possa substituir futuramente qualquer coisa?
Mike Zairos Pifano – Antigamente o pessoal tinha muito preconceito, por exemplo, com o photobashing. Que o artista que usava o photobashing pra fazer textura, ele era relegado, né?
Hoje em dia o photobashing é uma ferramenta que todo mundo na área de concept usa. Eu acredito que em algum momento a IA, ela vai se tornar essa ferramenta para uma boa parte dos trabalhos.
Principalmente pra referência.
Porque a gente vê que muita gente usa. Muita gente usa a referência da IA, porque ela faz um compiladão de tudo, né?
Então muita gente usa a referência da IA pra poder fazer os próprios trabalhos.
O que eu entendo é que ela não vai substituir, por exemplo, uma ilustração finalizada bem feita.
Mas ela vai aumentar muito a tarrafa pra você poder começar.
O Profissional pra ser júnior na ilustração, ele vai ter que ter um nível muito mais alto.
Agora, quem tá mais estabelecido vai se manter junto. E isso aí não tende a mudar muito não.
O que mais te atrai no RPG
Mike Zairos Pifano – Eu gosto muito de Dungeons & Dragons ainda!!!!
Eu joguei bastante coisa recente ali. Joguei sistema de storytelling. Mas eu ainda gosto muito do D&D.
Joguei e comecei só a jogar recentemente. Quinta edição. Eu fui bastante resistente à mudança, meu grupo é o mesmo há 12 anos.
Então fui bastante resistente à mudança.
Mas eu ainda jogo alguns RPGs nacionais. Igual eu te falei, por exemplo. Uma coisa que quase ninguém joga, que é o sistema da década de 90, que é o sistema Daemon. A gente ainda senta pra jogar um terrorzão ainda, gosto bastante da temática.
Que eu gosto bastante de poder trabalhar. E que me dá muita liberdade pra poder explorar as ideias. E sair um pouco daquilo que é o RPG, assim, cotidiano. Você entendeu? Que a gente vai sempre… Ah, é sempre D&D.
É sempre Storytelling, né? Que o pessoal gosta muito do sistema novo. Eu ainda gosto dos sistemas antigos ainda.
E acho que eles funcionam bem.
O que gerou o aumento do RPG de uns Anos pra cá?
Mike Zairos Pifano– Eu acho que o boom do RPG é que as pessoas redescobriram como é importante você ter uma diversão offline dentro da pandemia. Né? Durante o período da pandemia…
Foi o período que eu mais tive trabalho com o livro de RPG. e com boardgame, então o pessoal descobriu que a mesa que era física se tornou online.
E aquilo é uma diversão que você reúne as pessoas. É social. Você trabalha a sua imaginação.
E essa experiência de você estar ali com as pessoas que são queridas pra você, né? Porque, querendo ou não, RPG é um evento social. É uma oportunidade de você estar reunido com todo mundo, jogar alguma coisa.
E não necessariamente você estar focado num controle. Ou focado num teclado. Você rola um dado. Você dá uma risada. Você conta uma História. Né? Não é só o jogo em si é o geral que conta.
Uma pequena pergunta de RPG pra você. Vamos lá.
O que é mais difícil? Segurar um ladino ou um bardo dentro da taverna que descobriu uma nova mulher dentro da Taverna?
O ladino é mais difícil de segurar!!!
O bardo, ele até ganha na lábia. Mas o ladino, ele… Ele some, né, mano? Ele… Ele é mais esguio.
O bardo é mais… Ele é mais diplomático. Ele vai te enrolar, não sei o quê. Vai fazer você olhar pro lado.
E esquecer o problema dele. Agora, o ladino não/
O ladino é stealth!!!
Para conhecer mais o trabalho do Mike Zairos Pifano confiram o perfil no Instagram.
Instagram – Mike Zairos Pifano