Salve Aventureiros, vamos voltar um pouco na infância e pensar se aprontamos muito ou que aproveitamos, mas nada se compara a dupla Calvin e Haroldo com um humor bem ácido para uma criança e seu Tigre de pelúcia.
Calvin é um garoto de seis anos de idade cheio de personalidade e irreverência, que tem como companheiro Haroldo, um tigre de pelucia sábio e sardónico, que para ele está tão vivo como um amigo verdadeiro.
Cada história compõem uma situação que envolve tentativas de convencer os pais de suas travessuras que acabam com a casa destruída ou queimada por brincar de índio.
De acordo com algumas visões, as fantasias mirabolantes de Calvin constituem frequentemente uma fuga à cruel realidade do mundo moderno para a personagem e uma oportunidade de explorar a natureza humana para Bill Watterson.
O nome de Calvin foi inspirado no reformador religioso do século XVI, João Calvino, um dos pais do cristianismo protestante, que discorreu, entre outros, acerca da depravação total do homem, ou seja, que o homem está naturalmente inclinado para promover o mal a seu próximo.
Hobbes recebeu o nome de Thomas Hobbes, o filósofo inglês do século XVII que tinha aquilo que Watterson chamou de “uma visão obscura da natureza humana”, sendo o autor da famosa máxima “O homem é o lobo do homem” — ou seja, cada homem é o predador de seu próximo. De acordo com Watterson, a fonte dos dois nomes é entendida como uma piada para as pessoas que estudam ciência política e filosofia, e que poucas outras pessoas a iriam perceber.
A tradução de Hobbes para Haroldo no Brasil foi criticada por muitos fãs, uma vez que o nome é uma homenagem e não apenas um nome qualquer.
Bill Watterson
Com seu humor bem ácido percebemos o quanto mostra a parte humana do autor Bill Watterson que largou seu emprego em uma empresa de publicidade para viver o seu sonho de ser desenhista de quadrinhos.
Em 1985, no dia 18 de novembro foi publicado pela primeira vez a tirinha Calvin & Haroldo. Tirinha esta que viria a dar fama a Bill Watterson e lhe renderia 2 Reuban Awards, sendo que o primeiro em 1986 lhe renderia ainda o título de cartunista mais jovem a ganhar este prêmio.
Ele acredita que é importante gostar daquilo que você faz ou ter uma forte noção do porque você faz o que faz mais do que gostar dos frutos do seu trabalho. Mais do que gostar do dinheiro, da fama ou do prestígio da sua atividade, ele se envolvia com o desenho, com a criatividade, com o exercício de estimular sua curiosidade.
Watterson abandonou a criação que o tornou famoso em 1995, embora as tiras continuem em publicação em vários jornais, incluindo o português Correio da Manhã e o brasileiro O Estado de S. Paulo, primeiros jornais em seus respectivos países a publicar a tira.
A última tira inédita foi publicada a 31 de Dezembro de 1995.
Além da facilidade de ver as tirinhas pela internet, existem edições impressas que você adquirir abaixo: